Estamos há muitos anos, assistindo apáticos ao declínio da educação no Brasil. Nosso sistema de ensino tem se mostrado deficiente em vários aspectos.
Sempre estudei em escolas públicas, mas era muito diferente dos dias atuais. Tínhamos aulas de várias disciplinas que foram extintas do calendário escolar, duas delas de extrema importância, Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira, pois ensinavam direitos e deveres aos cidadãos. Estudávamos para passar de ano, ficávamos para recuperação e convivíamos sem traumas com o fantasma da repetência.
Outro dia, conversando com uma amiga, ela me relatou, que o filho está na quinta série e é quase um analfabeto. Se não fossem as aulas particulares, não saberia formatar nem mesmo pequenas frases. Então, diante desse caos, eu me pergunto: Porque o Brasil continua indiferente a isso?
O Ministério da Educação deveria ser o cargo mais importante depois da presidência, como acontece no Chile, país que tem muito a nos ensinar nesta área. Sabemos que os resultados não virão em curto prazo, mas precisamos ter um começo, e não é aprovando alunos despreparados que vamos conseguir.
Fico pensando como alunos vindos de escolas públicas, irão conseguir ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, que exige cada vez mais qualificações.
Sei que não é fácil um país com as dimensões do Brasil, resolver grandes problemas, mas quando vejo o descaso com que os alunos da rede pública são tratados, sinto uma agonia acompanhada de uma certeza de que nada vai mudar e que vamos continuar por longos anos assistindo a esse filme sem final feliz.
O direito a educação é constitucional, ele assegura a todos nós brasileiros, ao menos um pouco de dignidade. Somente através da estudo, poderemos pensar em construir um país mais justo e democrático, onde todo e qualquer cidadão, terá sim, o direito de escolha, mas essas serão baseadas em bom senso, coerência e principalmente conhecimento
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